O céu em detalhes


Astrônomos amadores adquirem equipamentos mais potentes, aliam diversão à pesquisa e fazem descobertas que colaboram com os laboratórios profissionais


Marcelo Ferroni


 Entre agosto e setembro deste ano, um evento astronômico chamou a atenção de quem olhava mais atentamente para o céu. Um ponto alaranjado, mais luminoso que as estrelas, podia ser detectado com facilidade, mesmo por quem não estivesse habituado a contemplar uma noite estrelada. O ponto em questão era Marte; o planeta vermelho chegou à sua menor distância da Terra nos últimos 60 mil anos.

Apesar de não trazer grandes novidades aos astrônomos profissionais - as sondas americanas ao redor de Marte obtêm imagens muitos mais precisas do que qualquer telescópio em Terra -, o evento reuniu diversos grupos dos chamados astrônomos amadores. Alguns deles montam seus telescópios no meio da cidade, em locais movimentados e de fácil acesso. O motivo: não só observar o planeta vermelho e a Lua, alguns dos poucos corpos visíveis devido ao excesso de luz e poluição urbana, mas também atrair curiosos, divulgar a astronomia e, é claro, conhecer novas pessoas. "Alguns visitantes se empolgam tanto que resolvem se dedicar mais ao estudo dos astros", conta Dorival da Silva Reis, astrônomo amador e analista de sistemas.

As observações, no entanto, não são só feitas como forma de conhecer pessoas com as mesmas afinidades e divulgar a astronomia entre não-especializados. No "espectro" dos astrônomos amadores, existem também aqueles que estão muito próximos dos astrônomos profissionais e chegam a colaborar inclusive em muitas de suas pesquisas. Nos Estados Unidos e na Europa, existem grupos de amadores que são respeitados pela comunidade científica. E no Brasil a prática tem crescido nos últimos anos.

 

Arquivo de Notícias>> clic

mais noticias... clic

 


e-mail

Copyright© 1996/2003 Netmarket  Internet -  Todos os direitos reservados
Melhor visualizada em 800x600 4.0 IE ou superior

Home