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Conheça
e compare os remédios para impotência
Tereza Melo Sousa
Em 1998, o lançamento de um remédio para disfunção erétil causou
revolução no tratamento para impotência. O problema que até então
tinha como possíveis soluções dolorosas injeções ou incômodas próteses
penianas passou a ter uma pílula como alternativa de tratamento.
O medicamento em questão
era o Viagra, que ficou sendo por cerca de três anos a única opção de
tratamento via oral, até o lançamento do Uprima, no final do ano 2000.
Lançados em 2003, Cialis e Levitra são mais duas alternativas para o
tratamento de impotência.
"Antes do Viagra, não
tinha quase ninguém que reclamava de impotência. O que não quer dizer
que as pessoas não sofressem do problema. As pessoas não vinham ao médico
porque sabiam que as opções de tratamento eram ínfimas e que a queixa
serviria para denegrir a imagem dela. Com o surgimento do Viagra, as
pessoas começaram a falar do problema e se curar; voltando a ter uma vida
sexual boa", diz Eric Roger Wroclawski, presidente da Sociedade
Brasileira de Urologia.
Dos quatro tipos de remédio
para impotência disponíveis no mercado, três deles atuam da mesma
maneira: Viagra, Cialis e Levitra. São as chamadas drogas inibidoras da
enzima 5-fosfodiesterase. Essa enzima consome o óxido nítrico, que é a
substância causadora do relaxamento e conseqüente ereção do músculo
do pênis. Já o Uprima, em vez de agir diretamente no pênis, atua no
Sistema Nervoso Central, aprimorando o sinal natural emitido pelo cérebro
ao pênis.
"Como o Viagra está
há mais tempo no mercado, já passou por todos os testes de eficiência,
eficácia e segurança. O Cialis e o Levitra também apontam essas
características. O fato de termos três bons remédios para impotência só
traz vantagens ao paciente, que vai ter a oportunidade de escolher aquele
com o qual ele mais se adapta", explica Eric Wroclawski.
O que não pode deixar de
ser destacado é o fato de os remédios para impotência não agirem no
que se refere à libido ou desejo sexual. Eles atuam facilitando ou
aprimorando a ereção a partir do estímulo sexual.
Os remédios via oral
"não aboliram a necessidade dos preâmbulos, isto é, carinho,
delicadeza, excitação para auxiliarem na obtenção da ereção e
manutenção desta. A única medicação que pula esta etapa, ou seja, uma
ereção quase instantânea, é a injeção intracavernosa peniana",
diz o urologista Paulo de Almeida Rocha.
"A escolha entre as
quatro opções de remédio (Viagra, Cialis, Uprima e Levitra) deverá
obrigatoriamente ser feita junto com o médico. Ele e o paciente devem
conversar para estabelecer o perfil do usuário, a situação em que quer
usar, os custos do remédio", diz o urologista Eric Wroclawski.
É válido ressaltar que,
embora os mecanismos de ação do Viagra, Levitra e Cialis sejam
semelhantes, a composição química dos três é completamente diferente.
Isso significa que uma pessoa que sinta dor de cabeça ao tomar Viagra,
pode não apresentar os mesmos efeitos colaterais ao tomar o Levitra ou o
Cialis e vice-versa.
Veja tabela comparativa com as características de cada medicamento
Viagra
Uprima
Cialis
Levitra
Efeito placebo
E as mulheres?
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