Celular
com câmera é usado em consulta médica
Pesquisadores suíços informaram que já é possível utilizar celulares
para ajudar a diagnosticar e sugerir tratamentos a alguns pacientes que se
encontrem em locais remotos. O estudo do Hospital Universitário de
Genebra se concentrou em ferimentos nas pernas de 52 pacientes que foram
examinados tanto pessoalmente como por médicos em um local remoto, e com
acesso apenas a imagens das lesões captadas por celulares de primeira
geração.
Os diagnósticos dos
médicos que examinaram as feridas pessoalmente e daqueles que as viram
por meio de imagens obtidas por celulares apresentaram notável
concordância. O estudo foi publicado na edição de fevereiro da revista
científica Archives of Dermatology.
Se enfermeiros em visita
a pacientes em locais remotos pudessem enviar imagens desse tipo para o
médico, "o transporte do paciente ao hospital e sua consulta
poderiam ser substituídos, e haveria a possibilidade de economizar verbas
do sistema de seguro social", segundo o relatório.
Para avaliar o projeto,
os pesquisadores empregaram um sistema de análise estatística que estima
o grau de concordância entre os dois grupos de médicos em cada caso. Os
resultados variavam entre um e zero, sendo 1 acordo completo e zero
desacordo completo.
O nível de concordância
no estudo de lesões avaliadas a distância e em consultas ao vivo com o
paciente "foi muito bem, com grau superior a 0,94".
"Fomos capazes de
demonstrar pela primeira vez que a telemedicina para lesões crônicas é
factível em condições normais, usando essa nova geração de celulares
e transferência direta de imagens por e-mail", disseram as
autoridades.
"Temos a impressão
de que uma alta porcentagem dos problemas relacionados com ferimentos nas
pernas poderiam ser resolvidos por meio desse tipo de teleconsulta",
acrescenta o estudo.
Reuters
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