Mesmo que a indústria de jogos tenha lucrado cerca de US$ 16,5 bilhões em
2011 só nos Estados Unidos (US$ 6 bilhões a mais do que toda a bilheteria do
cinema norte-americano), os gamers mais assíduos ainda enfrentam o estigma de
serem chamados de solitários e antissociais.
Talvez até seja verdade quando o jogo em questão seja um World of Warcraft ou
um Starcraft da vida, mas o perfil desses jogadores mudou bastante nos últimos
anos quando o assunto é encontrar um parceiro ou parceira, e principalmente em
comparação com pessoas que preferem acessar sites de namoro para encontrar uma
cara-metade. Um infográfico produzido pela Online University mostra bem esse
quadro. A informação é clara: está mais fácil se envolver com alguém nas salas
de games online do que em páginas de relacionamento. Isso porque em sites de
jogos, como o do World of Warcraft, 12 milhões de pessoas estão inscritas,
contra apenas 1 milhão de redes de namoro virtual. Além disso, a média de idade
dos gamers é de 32 anos, enquanto o dos cadastrados em sites de namoro é de 48.
A frequência é outro fator que impressiona: o tempo médio gasto em páginas de
relacionamento é de 1,4 horas por mês. Em sites de jogos online, esse número
cresce para 34,6 horas mensais. Ainda no mundo de World of Warcraft, 74% dos
usuários namoram alguém que também joga o game de MMORPG, contra 33% das pessoas
que estão envolvidas com alguém que conheceu em sites de namoro. Outro dado
interessante revela que se um homem entrar em contato com 100 mulheres no
Match.com, apenas uma vai responder a mensagem. E para conhecer a namorada ou
namorado vale tudo: 24,3% dos gamers de WoW viajam mais de 48 quilômetros e 75%
mais de 160 km para se encontrar com a futura parceira (o). A Online University
explica que, enquanto você está jogando, áreas do cérebro são ativadas para
liberar dopamina, o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e
motivação - sem contar que a velocidade do senso de decisão aumenta em 25%. "O
que isso significa? Gamers se sentem melhor e agem mais rápido. Não há como eles
fugirem das garotas", conclui o estudo.
Olhar Digital