O responsável pelo marketing da General Motors, Joel
Ewanick, foi enfático em suas declarações ao
Wall Street Jounal:
"(a empresa) está definitivamente realocando a verba que era destinada ao Facebook,
ainda que o conteúdo seja importante e efetivo." Com isso, o executivo
quis dizer que a GM - que é o terceiro maior anunciante
norte-americano - vai deixar de comprar publicidade no Facebook, mas continuará
a alimentar com conteúdo customizado suas páginas gratuitas que aparecem no
site. A empresa investiu no ano passado cerca de 10 milhões de dólares em
publicidade no Facebook. Trata-se de uma pequena porção de sua verba anual de
marketing, estimada em 1.8 bilhão de dólares. Também é uma perda pequena para o
Facebook que arrecadou mais de 3.7 bilhão
de dólares em publicidade ao longo de 2011. O maior prejuízo, no entanto, se dá
no campo da imagem.
Às vésperas do IPO (oferta pública de ações), o
Facebook
tem se esforçado para mostrar aos investidores duas verdades. A primeira é a de
que a publicidade na rede social é efetiva, e que os faturamentos vão continuar
a crescer nos próximos meses - anúncios publicitários são a base da renda do
site. A segunda é que o mundo móvel não será um problema no longo prazo. Muitos
temem que o acesso feito a partir de dispositivos móveis comprometa a
eficiência da publicidade online. No caso do Facebook, isso é particularmente
preocupante, já que muitos dos usuários usam smartphones para postar fotos ou
posts - a compra do Instagram e, agora, do Lightbox,
são uma tentativa de mostrar ao mercado que a empresa sabe o que fazer para
evitar esses problemas e ter uma posição sólida no mundo móvel.
A posição da GM era tudo que o
Facebook
não queria ver em público nessa semana. Porém, o movimento dificilmente vai
arrefecer o ímpeto de compra dos investidores. O mercado já aposta que o
Facebook
terá de por ações adicionais à venda, para dar conta da procura.
Olhar Digital