Atire a primeira pedra quem nunca vivenciou um momento de estresse na
balada? Seja no bar, no restaurante ou no show de rock, todo mundo já teve que
enfrentar algum tipo de fila. Para entrar, para consumir ou até mesmo para
sair, é inevitável (e quase que impossível) fugir das inúmeras filas para tudo.
Há gente que até desiste antes de sair de casa por conta deste problema. Porém,
as coisas estão mudando...
A Branfid Tecnologia - empresa integrante da Incubadora Tecnológica de Pato
Branco (PR), voltada para automação comercial - propõe um projeto que utiliza a
tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) aplicada em boates e clubes de
lazer e recreação. Desta forma, será possível controlar o fluxo de pessoas e
consumação, com um apelo de sustentabilidade, visando a exclusão das conhecidas
comandas de papel, substituindo-as por cartões ou pulseiras.
"Fomos a uma boate, e logo nos deparamos com uma fila para entrar no
recinto por conta da distribuição das tradicionais comandas e do processo de
revista. Após entrar, vimos que alguém havia derrubado uma destas comandas, ou
seja, uma pessoa mal intencionada poderia tirar proveito da situação",
explica Lucas Marcante, sócio proprietário da Branfid e tecnólogo em automação
de processos industriais.
Benefícios
Para o estabelecimento, uma das vantagens é implementar um sistema de
consumação pré-pago. Isso significa que o cliente pode inserir um valor na
entrada e ter um saldo de créditos para consumir.
Outro item relevante é a mensuração dos horários de maior concentração de
pessoas, tanto entrando ou saindo do local. Desta forma pode-se prever uma
espécie de horário de pico e assim, se precaver contratando mais seguranças e
atendentes para essa demanda.
O uso do cartão/pulseira RFID também pode gerar um relatório de consumação
quase que em tempo real, bem como informações de estoque e consumo.
Para o cliente, o controle do limite de gastos seria de grande utilidade
principalmente para quem costuma perder a noção e consumir mais do que o
necessário. Além disso, em caso de perda, furto ou extravio do cartão, o
bloqueio dele, no ato, evita futuras dores de cabeça.
O uso do cartão/pulseira é pessoal e intransferível, ou seja, cada um tem a
sua. Assim, o uso indevido causado por duplicações (muito comum em comandas de
papel) se torna impossível. O acessório RFID pode ser vendido em formato de
ingresso customizado e oferecer sistema de acesso à área vip, camarotes etc.
"Você pode armazenar, na memória interna, horários e datas de um
determinado evento e o cartão exerce a função de comanda eletrônica",
ressalta Lucas.
Olhar Digital