Rede de Sensores Flutuantes
Pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, jogaram 100
robôs no rio.
Mas não se trata de um descarte irresponsável, mesmo porque os robôs são
novinhos em folha.
O objetivo do experimento inédito, chamado Rede de Sensores Flutuantes, é
avaliar o uso de robôs autônomos para o monitoramento de rios.
Centenas de sensores integrados, movendo-se pelos cursos d'água, podem dar
novas informações sobre processos que são influenciados pelo próprio movimento
da água, como a dispersão de poluentes, marés de algas, migração de peixes e a
interação de água doce e água salgada na foz dos rios.
"Nós estamos colocando a água online," disse Alexandre Bayen,
coordenador do projeto. "Monitorar o suprimento de água é crítico para o
público, para os pesquisadores e para as agências governamentais, que hoje
dependem de estações fixas que não geram dados suficientes para modelagem e
previsão."
Ele afirma que, quando totalmente desenvolvido e testado, o sistema também
poderá ser usado na ocorrência de acidentes ambientais, como vazamentos de
substâncias perigosas, quando os robôs poderão ser lançados em poucas horas,
gerando dados online sobre o espalhamento dos contaminantes.
Enrosco
Já existem
robôs
submarinos monitorando todos os oceanos, mas os cursos d'água possuem
desafios diferentes, que os pesquisadores estão tentando avaliar nesse primeiro
teste.
Um desses desafios é a probabilidade muito alta de que alguns robôs
enrosquem pelo caminho.
Por isso os pesquisadores construíram duas versões dos robôs, uma passiva,
que apenas flutua na água, e outra mais aprimorada, dotada de motores.
Os testes dirão se vale e quando vale a pena usar cada um deles.