A nova distribuição socioeconômica do País, com mais
pessoas tendo acesso a bens de consumo, fez com que
a classe C, ou classe média, passasse a ser maioria
no uso de redes sociais na internet. A constatação
foi feita por pesquisa do Instituto Data Popular (IDP),
que será apresentada no Fórum Novo Brasil, na
segunda e na terça-feira, em São Paulo. Um dos
convidados é o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo.
De acordo com a pesquisa, que ouviu 1,8 mil
pessoas nas ruas de 57 cidades e 20 mil pela
internet, 48% dos 75 milhões de internautas
brasileiros são da classe média - assim considerada
a família com renda mensal entre R$ 1.540 mil e R$
2.313 mil. A pesquisa informa que 44% estão nas
faixas A e B, que compõem a classe alta, e 8% são
dos estratos sociais D e E, de mais baixo poder
aquisitivo.
Os internautas da classe C são responsáveis por
56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra
24% da A/B nos dois casos. Quadro totalmente
diferente de pesquisa semelhante feita em 2009, que
apontava absoluto domínio da classe alta nas duas
redes, de acordo com o diretor do IDP, Renato
Meirelles.
Virada perfeitamente normal, segundo ele,
considerando-se que em torno de 30 milhões de
pessoas foram incorporadas ao mercado de consumo nos
últimos dez anos, nas contas do governo. Fato que
alargou a base da classe média, estimada em 101,1
milhões de brasileiros, equivalentes a 53% dos 190,7
milhões de brasileiros registrados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em
2010. A baixa renda reúne 51,5 milhões (27%) e 38,1
milhões (20%) estão na classe alta