Novo mouse ajuda portadores de problemas de coordenação motora

da Folha Online

Alunos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) criaram um protótipo de mouse específico para pessoas portadoras de deficiências motoras.

A invenção, que está sendo patenteada pelos estudantes de engenharia da computação Marcio Rogério Juliato e Daniel Ferber, é formada por uma estrutura mecânica na qual estão dispostos botões e microcontroladores, além de softwares de controle.

O mouse foi idealizado em duas versões. A mais simples, destinada a pessoas com problemas mais graves de coordenação motora --ou para crianças nos estágios iniciais de aprendizagem no uso do computador--, possui um painel com seis botões. Acionados manualmente, eles permitem que o usuário movimente o cursor para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita. As funções de "arrastar" e "soltar" estão disponíveis em botões específicos.

Mais completa, a segunda versão, com 12 botões, tem as mesmas funções da anterior, com a vantagem de permitir o movimento do cursor nas diagonais. O modelo tem ainda dois comandos, que reproduzem a função dos botões direito e esquerdo do mouse convencional.

As duas versões apresentam uma série de vantagens em comparação com os modelos semelhantes de mouses disponíveis no mercado. "Eles têm um custo baixo. Enquanto um mouse semelhante custa de R$ 700 a R$ 1,2 mil, o nosso sairá por cerca de R$ 300", disse Juliato à Agência Fapesp.

Segundo Juliato, o mouse é compatível com todos os programas e sistemas operacionais.

Mouse convencional

O equipamento ainda permite que um mouse convencional seja acoplado a ele. Dessa forma, duas pessoas, um aluno e um professor, por exemplo, podem controlar um computador em momentos diferentes.

Os estudos que permitiram o desenvolvimento do protótipo foram coordenados por Rodolfo Jardim de Azevedo e Paulo Cesar Centoducatte, professores do Instituto de Computação da Unicamp.

Comercial

O aparelho será fabricado pela Usinagem Med Maq, de Americana, e comercializado pela RCT Software Educativo, de Campinas. Ainda não há previsão de quando chegarão ao mercado, de acordo com a Agência Fapesp.

Com Agência Fapesp

 

 

 

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