Revestimentos funcionaisPesquisadores portugueses e
holandeses criaram o primeiro revestimento prático com uma superfície
capaz de reparar a si mesma depois de sofrer um dano.
Entre as aplicações da nova tecnologia estão telefones celulares que
nunca ficam com manchas de dedos, carros que não precisarão ser lavados
e tintas que durarão muito mais tempo.
Os chamados revestimentos funcionais - por exemplo, resistentes à
água ou antibacterianos - possuem em sua superfície grupos
nanomoleculares que fornecem essas propriedades específicas.
O problema é que esses grupos moleculares são fácil e
irreversivelmente danificados ao menor impacto - como um risco ou um
arranhão -, fazendo com que o revestimento perca rapidamente suas
propriedades.
Esta tem sido uma grande limitação para que esses revestimentos
cheguem ao mercado.
Autorreparo
Tamara Dikic e seus colegas da Universidade de Tecnologia de
Eindhoven encontraram uma solução para este problema.
A equipe colocou os grupos químicos funcionais na extremidade de
"caules" flexíveis, e misturaram tudo na massa do revestimento.
Quando a superfície do revestimento é danificada, a camada abaixo da
superfície libera seus caules, apontando para cima suas moléculas ativas
e restaurando a funcionalidade do material mesmo riscado.