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De AgendaSAÚDE
Técnica cirúrgica deixa cicatrizes mínimas no rosto
Mariana
Merçon - free lance
Quem disse que uma cirurgia plástica precisa ser traumática e custar caro? A
utilização da videoendoscopia pode tornar as operações plásticas mais
simples, baratas e diminuir a extensão dos cortes, reduzindo o risco de infecções,
o ressecamento dos tecidos e o tempo de recuperação.
A técnica será apresentada pelos principais especialistas mundiais durante o
III Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica Videoendoscópica, nos dias 14 e
15 de junho, simultaneamente, no Hotel Copacabana Palace e na Clínica Interplástica,
em Botafogo. Durante o evento, os congressistas vão acompanhar seis cirurgias
ao vivo.
A Cirurgia Plástica Videoendoscópica vem sendo desenvolvida há dez anos e
ganhou notoriedade na virada do século devido aos excelentes resultados
apresentados. A técnica consiste basicamente em deixar cicatrizes mínimas. Os
melhores resultados foram observados no rosto, principalmente no terço superior
da face e na região periorbitária (ao redor dos olhos). A intenção é
levantar a sobrancelha, acabar com os famosos pés de galinha e tornar a expressão
mais suave.
Pelo método convencional era feito um corte de orelha a orelha, rente à linha
dos cabelos. A cicatriz ficava muito grande e era comum a perda de cabelo no
local do corte. Além disso, o paciente corria o risco de ter a sensibilidade do
couro cabeludo afetada e de ficar com a testa mais larga.
Através da videoendoscopia a cirurgia é feita por meio de quatro pequenos orifícios:
dois na região das têmporas e dois no alto da cabeça, cada um com dois a três
centímetros. Por um desses pequenos cortes é introduzido o aparelho de
videoendoscopia. O endoscópio tem uma micro câmera acoplada a um tubo, com
iluminação, como se fosse o olho do cirurgião que opera pelo vídeo. A imagem
é triplicada no monitor de vídeo, o que aumenta precisão. Os músculos e a
camada interna da pele também sofrem muito menos, pois não ficam expostos
durante a cirurgia à luz e ao ar condicionado.
Esse tipo de cirurgia trabalha os músculos internos, isto é, faz com que os músculos
percam a tonicidade e a ação de envelhecer. A técnica também pode ser
utilizada no abdômen e mama, mas ainda com poucas indicações. No abdômen é
indicada quando há somente flacidez muscular e não flacidez de pele. A grande
vantagem é que evita cicatrizes grandes e hematomas muito menos traumáticos.
Nos seios a cirurgia é indicada para ptose (queda) de mama, ou seja, nos casos
de pele excessiva, apenas para levantar o busto. A recuperação ocorre na
metade do tempo em comparação às plásticas convencionais.
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