Esqueça a velha máxima que diz que os opostos se atraem. 

O conceito, afirmam cientistas, só vale para a física e não passa de mito em matéria de relacionamentos. Para os biólogos Peter Buston e Stephen Emlen, da Universidade Cornell, em Nova York, a escolha de um parceiro é baseada na preferência por pessoas que se assemelham a nós mesmos. "Quem busca um companheiro com valores parecidos com os seus acaba enfrentando menos conflitos no relacionamento. Por isso, tem mais chances de estabelecer laços duradouros e criar filhos com sucesso", explica Emlen.

O estudo contradiz algumas das noções que temos sobre as diferentes estratégias de acasalamento praticadas por machos e fêmeas, derivadas da teoria do naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) e defendidas, hoje, pela psicologia evolutiva. Derruba, por exemplo, uma de suas mais conhecidas premissas, segundo a qual os homens estariam em busca da beleza delicada de uma boa parideira e as mulheres, à procura de um par saudável e forte, de modo a dar continuidade à espécie. Hoje, a ciência já interpreta a formação de casais à luz dos elementos culturais e começa a abrir espaço para contestações. Afinal, existe a fórmula do amor? Os especialistas afirmam que não. Diversos trabalhos científicos atiçam o debate, colocando até mesmo o acaso como um fator relevante para a seleção sexual

 

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