Britânica é condenada por ter 'rede gigante de prostituição'
A britânica Margaret MacDonald, de 44 anos, foi condenada por um tribunal de
Paris, na França, a quatro anos de prisão e uma multa de 150 mil euros (cerca
de R$ 500 mil) pela acusação de administrar uma das maiores redes de prostituição
da Europa.
MacDonald, que fala oito línguas e tem vários diplomas em
economia, sempre admitiu ter uma agência de prostituição de "altíssima
classe". Mas, no tribunal, ela afirmou que era de suas empregadas a decisão
se elas iriam ou não dormir com os clientes, e não dela.
A britânica admitiu, no entanto, que os seus clientes, que
pagavam cerca de R$ 2,4 mil por uma hora de serviço, poderiam estar esperando
mais do que simplesmente uma companhia para o jantar.
Segundo a promotoria, Margaret não tinha uma base
permanente. Em vez disso, se movimentava entre hotéis de luxo em vários países
europeus, em Israel e nos Estados Unidos.
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Os clientes de MacDonald eram principalmente homens de negócios
árabes e europeus, e há rumores de que alguns seriam também celebridades britânicas.
Ela anunciava os seus serviços pela internet e no jornal International
Herald Tribune, dando números de telefone na Suíça, na Itália e na
Alemanha.
Margaret administrava os seus negócios com telefones
celulares, vários cartões de crédito, contas correntes e nomes falsos.
A polícia disse que o laptop dela continha o nome de 538
garotas e 36 homens, com base em todo a Europa. MacDonald ficava com 30% a 40%
do que as prostitutas ganhavam, cerca de US$ 23,4 mil (cerca de R$ 66 mil) ao mês.
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MacDonald, que havia sorrido e acenado para amigos ao
chegar ao tribunal, manteve uma expressão impassível quando o veredicto foi
lido e não disse uma palavra ao ser levada para fora do tribunal.
O advogado dela, Emanuel Marsigny, disse que a sua cliente
estava muito chateada e tinha intenções de apelar contra o resultado.
"Eu acho que quatro anos é uma sentença pesada demas",
afirmou Marsigny. "É hipócrita. As escravas que você vê nas ruas quando
você vai para casa, elas são prostitutas", afirmou.