Varejo por e-mail está sob pressão
devido ao spam
Os comerciantes que divulgam seus produtos por e-mail estão encontrando
mais dificuldades para faturar junto aos consumidores, à medida que as
caixas de correspondência destes se enchem de anúncios aleatórios,
conhecidos como spam.
Ainda que muitos grupos de varejo tenham estabelecido relacionamentos
com os consumidores que os distinguem dos praticantes de spam, um estudo
divulgado ontem demonstrou que eles obtiveram receita média ligeiramente
mais baixa com cada anúncio via e-mail enviado no segundo trimestre de
2003.
Empresas de varejo e associações setoriais norte-americanas, bem como
grupos de defesa do consumidor, vêm pressionando as autoridades para que
combatam a difusão de mensagens de e-mail comercial enganosas ou
vulgares. Para os comerciantes, o spam reduz a chance de atingir os
consumidores que poderiam se interessar por seus anúncios.
"O spam envenenou as águas para os comerciantes legítimos,"
disse Jason Catlett, presidente da Junkbusters Corp., uma organização de
defesa da privacidade. "É muito difícil para os comerciantes que
usam e-mail obter destaque em meio à multidão de picaretas que busca
acesso ao consumidor norte-americano médio."
A DoubleClick, uma companhia de marketing na Internet, informou em
relatório que a receita média gerada por e-mail de varejo ou comércio
via catálogo caiu a 28 centavos de dólar no segundo trimestre de 2003,
ante 29 centavos de dólar no período um ano antes.
Mas o estudo aponta, em um dado positivo para o varejo, que os
consumidores agora abrem mais e-mails de companhias que consideram legítimas
do que no passado.
De acordo com a DoubleClick, o pedido médio em resposta a um anúncio
via e-mail caiu para 98 dólares no segundo trimestre, ante 102 dólares
no período um ano atrás. No geral, o varejo via e-mail atingiu uma média
de 2,65 aquisições por mil mensagens enviadas.
Eric Kirby, vice-presidente de serviços estratégicos da DoubleClick,
disse que os anunciantes não deveriam abandonar o e-mail devido à queda
de receita.
"A base de custo para difusão da mensagem ainda fica na casa do
centavo, talvez dois centavos, por anúncio", disse. "A eficiência
ainda é enorme, comparada a outros canais."
Reuters
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