Tetsuro Matsuzawa, zoólogo da Universidade de Kyoto, no
Japão, e colegas realizaram exames de ressonância magnética
(RM) em chimpanzés jovens durante seis anos, começando
quando os primatas tinham seis meses de idade. Os
pesquisadores compararam os resultados com imagens de RM
feitas em crianças e bebês humanos. Eles descobriram que a
massa branca no córtex pré-frontal de chimpanzés não cresce
tão rapidamente quanto nos humanos.
Suas descobertas
aparecem na revista Current Biology. O fato de os cérebros
dos dois animais sofrerem crescimentos significativos indica
que o desenvolvimento cerebral de ambos é moldado pela
experiência de vida. Pode ser por isso que bebês humanos e
bebês chimpanzés compartilham algumas similaridades – como o
impulso de sorrir a quem cuida deles.
Porém, o rápido desenvolvimento do córtex pré-frontal em
humanos pode contribuir para habilidades superiores em
comunicação e interação social.
Matsuzawa e seus colegas esperam acompanhar como os
cérebros de humanos e chimpanzés mudam quanto cada animal
entra na vida adulta. A equipe pretende continuar seu estudo
com os três chimpanzés observados, hoje com 11 anos de
idade.